Imagens do Brasil : quantos espelhos?
Mots-clés :
Literatura (Análise), Imagem – Brasil, Identidade nacional – Brasil, EstereótiposSynopsis
Há 202 anos, em 7 de setembro de 1822, surgia oficialmente no cenário mundial um novo país chamado Império do Brasil. Necessário se fazia criar-lhe uma imagem identitária, tarefa levada a cabo por José de Alencar, a título de exemplo, ao escrever o romance Iracema (1865), em que o primeiro brasileiro é o herdeiro genético de um português (Martim) e de uma nativa (Iracema), habitante de belas e quase paradisíacas florestas. Registrava-se assim um mito fundador da nacionalidade brasileira, junto com outros símbolos como a nova bandeira e o novo hino. O objetivo deste livro é estimular o debate sobre imagens literárias que espelham o Brasil, colocando algumas delas em discussão num contexto amplo. Afinal, conforme Lacan, a identidade de um indivíduo (e de um grupo) organiza-se dentro de um processo relacional e contínuo. O reconhecimento de si mesmo também depende de um olhar externo. O presente livro aborda questões ligadas ao uso e ao alcance do terminus Imagologia a partir de imagens do Brasil apresentadas em obras escritas por autores que viveram no país e por aqueles que aqui não estiveram, tendo apenas ouvido falar ou lido sobre o Brasil em livros de terceiros. O conjunto dos ensaios permite desenhar um primeiro perfil do modo como os estrangeiros captam e configuram a complexa imagem do Brasil, abrindo espaço para o debate: em que medida essas imagens refletem o país que configuram ou são projeções de realidades que habitam seus autores; em que medida o país se reconhece ou não se reconhece nessas imagens e que implicações isso acarreta.
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