Dimensões materiais e memoriais do passado colonial paulista

A obra aborda as dinâmicas socioeconômicas ocorridas na cidade de São Paulo e no oeste da capitania no decurso do século XVIII e os processos de (re)criação desse passado colonial em diversos suportes nas centúrias seguintes, mobilizados em espaços formais e não formais de educação, como os museus. Frutos de estudos realizados ao longo de 15 anos, os resultados das pesquisas conformaram a tese de que os comerciantes desempenharam um papel ativo no desenvolvimento da capital paulista e na configuração territorial da América portuguesa no decorrer do setecentos, contudo, tiveram sua atuação obscurecida, sobretudo na primeira metade do século XX, por meio de práticas historiográficas celebrativas que insistiam em associá-los aos bandeirantes. A dimensão material da realidade social de São Paulo colonial foi pensada a partir do espaço doméstico de seus moradores, especialmente daqueles ligados ao comércio, e das viagens fluviais realizadas entre Araritaguaba e Cuiabá, muitas das quais de caráter mercantil. Já a dimensão memorial das monções foi analisada por meio de sua representação em esculturas públicas, exposições e impressos. Nesta obra, o monumento, o museu e o livro são tomados como vetores da memória, espaços capazes de inventar tradições e construir passados a serem compartilhados socialmente. Esta obra integra a Coleção ABCD Agenda 2030 e alinha-se ao ODS 4 - Educação de Qualidade (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável).