Da vitrola ao iPod: uma história da indústria fonográfica no Brasil. 2ª ed. rev.

Este e-book representa a versão revisada do livro publicado em 2014. Completados dez anos daquela primeira edição, é um bom momento para rever o texto e devolvê-lo à circulação num formato mais acessível. A tese que o originou, defendida em 2002, discutiu o processo de organização e consolidação do modelo de atuação da indústria fonográfica brasileira entre as décadas de 1960 e 1990, fortemente baseado na venda de suportes gravados como LPs, cassetes, CDs e DVDs. Por conta do período que abarcou, a pesquisa acabou registrando não apenas o momento de definitiva consolidação da indústria do disco no país, como também os movimentos iniciais da crise que, desencadeada pela circulação digital de música, atingiria intensamente o setor a partir da década de 2000. Essa crise, como se sabe, traria dramáticas mudanças ao cenário, levando a um processo de reorganização que, somente agora, parece próximo de sua conclusão. Desse modo, ainda que o texto não avance até o cenário das primeiras décadas do século XXI – momento em que os arquivos de .mp3 e as plataformas de streaming efetivamente assumiram o protagonismo –, ele se mantém como um relato útil para a contextualização histórica desse amplo conjunto de mudanças. De qualquer modo, ao mesmo tempo em que nos debruçamos sobre a história, crises e rupturas, devemos também nos perguntar se as velhas formas de dominação (do mercado musical, nesse caso específico) não continuam a operar – e mesmo a se fortalecer – sob novas roupagens.