Publicidade e os agonizantes modelos de comunicação de marketing
Palavras-chave:
Comunicação em Marketing, Propaganda, ConsumidorSinopse
O modelo atual da comunicação de marketing mostra-se imerso em um novo sistema social e de mercado, configurado pelo empoderamento do cidadão, tecnologias interativas da comunicação, consumerismo e mediadores público-privados, o que pode significar um redesenho para a forma como conteúdos publicitários têm sido empregados até então. A publicidade oferece valioso suporte ao conteúdo livre, ao jornalismo de qualidade e às conexões sociais; os consumidores, no entanto, estão muito frustrados com anúncios que prejudicam sua experiência nas relações de consumo. Esse aparente descompasso da agenda do consumidor com a agenda da propaganda comercial tem o potencial de provocar tensões, reações e desdobramentos diversos, mas pouco desejáveis tanto para o cidadão como para a indústria da propaganda. Nos últimos anos, o empoderamento do consumidor da publicidade atingiu tal patamar que, independentemente de leis, normas ou esforços dos atores ligados à publicidade, ele pode decidir se aceita ou como recepciona um anúncio, notadamente em ambientes virtuais. Um sinalizador prático e real desse modelo é o adblock. Consumidores, cansados de tantos anúncios invasivos, injustos e irrelevantes, resolvem utilizar bloqueadores de anúncios que, em outras palavras, significa uma interrupção da comunicação desejada pelo anunciante, organização ou agente publicitário. O bloqueio de anúncios é um basta à comunicação publicitária deceptiva. É uma medida radical do consumidor que abre mão de anúncios úteis e significativos para não ter que lidar com peças irritantes, desrespeitosas e impertinentes. É o resultado extremo para uma prática publicitária que rompe o contrato social e escancara um modelo agonizante de comunicação.
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