Animais enviados para Portugal, entre 1754 e 1805, pelos governadores da capitania de Pernambuco

Autores

Argus Vasconcelos de Almeida
(Autor)
Universidade Federal Rural de Pernambuco
https://orcid.org/0000-0002-0107-8278
Nelson Papavero
(Autor)
Universidade de São Paulo. Museu de Zoologia
https://orcid.org/0009-0007-3405-2035
Dante Martins Teixeira
(Autor)
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Museu Nacional

Palavras-chave:

Animais, Coleções Zoológicas, Pernambuco, Quintas Reais, Palácio de Belém, Ménageries, Luís José Correia de Sá, Manuel da Cunha Meneses, José César de Meneses

Sinopse

Com as mudanças introduzidas durante a administração do Marquês de Pombal e sob a influência do Iluminismo, a Coroa Portuguesa renovaria seu interesse em suas possessões ultramarinas e seus produtos naturais, desenvolvendo esforços para melhor conhecê-los e utilizá-los. Entre outros aspectos, tais mudanças obrigavam os Governadores das colônias portuguesas a enviar para Lisboa espécimes zoológicos, destinados a várias instituições da capital do Reino. Através da correspondência enviada de 1754 a 1805 por Luís José Correia de Sá (1749-1756), Manuel da Cunha Meneses(1769-1774) e José César de Meneses (1774-1787), assim como pela “Junta Governativa” (1798-1804) e Caetano Pinto de Miranda Montenegro (1804-1817), em obediências às ordens reais, ficamos sabendo que embarcaram desde amostras de cera fabricada pelas abelhas brasileiras nativas até conchas e caramujos e pelo menos 59 espécies distintas de animais. Considerando-se a composição da fauna brasileira e o interesse mostrado pelos europeus em nossos animais, não surpreende que a maior parte destes fosse constituída por aves (ca. 64%), mamíferos (ca. 29%) and répteis (ca. 7%). Além dos onipresentes primatas e psitacídeos, muitas espécies apresentavam interesse cinegético ou eram notáveis por seu exotismo e alegres cores. Neste caso particular, a presença de “ararunas”,“saguis amarelos” e “mutuns” é especialmente interessante, por representar possíveis referências a Anodorhynchus leari e a uma espécie do gênero Callicebus, bem como a Mitu mitu, ora extinto na natureza.

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Biografia do Autor

Argus Vasconcelos de Almeida, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Departamento de Biologia, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, PE

Nelson Papavero, Universidade de São Paulo. Museu de Zoologia

Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP Bolsista de Produtividade Científi ca do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científi co e Tecnológico (CNPq)

Dante Martins Teixeira, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Museu Nacional

Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ

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Publicado

novembro 30, 2015

ISSN online

2318-2032
COMO CITAR

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Detalhes sobre essa publicação

ISBN-13 (15)

9788575062272

doi

10.11606/9788575062272