O apetite da antropologia, o sabor antropofágico do saber antropológico: alteridade e identidade no caso Tupinambá

Autores

Adone Agnolin
Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
https://orcid.org/0000-0002-6033-5916

Palavras-chave:

Antropologia cultural e social, Antropofagia, Religião – História, Tupinambá

Sinopse

Este livro constitui o resultado de um percurso de pesquisa conduzido durante o Doutorado realizado junto ao curso de Sociologia da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, percurso finalizado em novembro de 1998, sob orientação do Prof. Dr. Lísias Nogueira Negrão. Sendo que o itinerário de sua publicação fez jus aos labirintos de sua elaboração, foi mantido essencialmente na sua estrutura e no seu conteúdo então desenvolvidos, com apenas a necessária revisão do texto e pequenos reajustes, além da atualização das citações. Pelo fato de reconhecer a importância do dado cultural no que diz respeito à alimentação do homem, a Antropologia se apresenta como perspectiva de análise imprescindível. Por outro lado, ela constituirá o esboço de um estudo crítico sobre sua própria caraterística de compreensão/digestão da alteridade cultural. Além do mais, a colocação da antropofagia ritual (“sagrada”) no centro de nosso trabalho nos impõe o ponto de vista de uma metodologia de estudo histórico-religiosa. A utilidade dessa perspectiva de estudos está toda contida na adjetivação “ritual”, que acompanha esta específica forma de antropofagia. Trata-se, consequentemente, de esclarecer esses termos/conceitos, muitas vezes assumidos de forma acrítica, aos quais a escola histórico-religiosa tem dedicado tanta atenção, oferecendo uma significativa contribuição/problematização aos estudos históricos e antropológicos contemporâneos. Está além do nosso alcance e fora do nosso objetivo relatar a história da Antropologia ou da alimentação e de seus rituais, entre os quais se encontraria o canibalismo. Trata-se, pelo contrário, de um percurso de e nos confins/margens na dimensão de um espaço comum à Antropologia e à alimentação – tendo o canibalismo como fio condutor – e, com elas, à História das Religiões.

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Biografia do Autor

Adone Agnolin, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

Formado em Filosofia e História das Religiões junto à Università degli Studi di Padova (1987), Itália. Doutorado em Sociologia (1998) e Pós-Doutorado em História Social (2000-2003), junto à Universidade de São Paulo (USP), onde realizou, também, sua Livre Docência (2017). Desde 2003, professor de História Moderna e de História das Religiões junto ao Departamento de História (USP). Já integrante de vários Projetos Temáticos de Pesquisa: nacionais (junto ao CEBRAP: “Missões Cristãs e Populações Indígenas: o problema da mediação cultural”; à USP: “Dimensões do Império Português”; à UNIFESP: “Antropologia e História das Religiões no século XX: Teorias e metodologias”; etc.) e internacionais (Padova: “Civiltà e Religioni”, Lausanne: “Techniques du Corps et de l’Esprit”; Macerata: “Libertà dei Moderni e Processi di Civilizzazione”, etc.). Finalmente, integrante do Comitê Editorial e (Co)Diretor da Revista Internacional “Civiltà e Religioni”. Atua, sobretudo, no âmbito de História Moderna, Colonial, das Religiões, Catequese e Missão.

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Publicado

julho 12, 2023
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